Esse gesto cotidiano revela características psicológicas relacionadas à ordem, segurança e abordagem à vida.
O uso de dinheiro em espécie está a diminuir, especialmente entre os jovens, mas mesmo hoje muitas pessoas continuam a ter peculiaridades ou hábitos ao lidar com ele. Um dos mais comuns é classificar as notas da menor para a maior no carteira, um hábito que, segundo a psicologia, não é aleatório e tem uma explicação relacionada com a necessidade de controlo e estabilidade.
De acordo com especialistas em comportamento, aqueles que colocam primeiro a nota de 5 euros, depois a de 10, 20 e, finalmente, a de 50, geralmente são pessoas que precisam de uma certa estrutura para se sentirem tranquilas. Esse pequeno ritual reflete uma ordem interna que dá uma sensação de segurança e controle sobre a situação.
A ação de ordenar as notas não é uma ideia obsessiva, mas serve como um mecanismo de autorregulação emocional. Assim como arrumar a mesa antes de sair de casa ou fazer a cama de manhã, ordenar o dinheiro ajuda a reduzir a ansiedade e a restaurar o equilíbrio em situações de incerteza.
Mais do que uma mania: ordem, controlo e segurança na vida quotidiana
Outra característica comum das pessoas com este hábito é a atenção aos detalhes. Não toleram improvisação e desordem, planeiam tudo com antecedência e preferem a clareza ao caos. Esse tipo de personalidade é geralmente associado a profissões como contabilidade, engenharia ou logística, embora, na verdade, seja um estilo de vida voltado para manter a ordem em todas as suas manifestações.
Do ponto de vista da psicologia comportamental, essas pessoas também tendem a ter uma relação consciente e responsável com o dinheiro. Elas evitam compras impulsivas, fazem um orçamento e controlam os seus gastos. Para elas, o dinheiro não é apenas um meio de pagamento, mas uma ferramenta de estabilidade, por isso é natural que se esforcem para mantê-lo em perfeita ordem.
Além disso, esse tipo de organização traz vantagens práticas. Permite ver à primeira vista quanto dinheiro está disponível, agiliza os pagamentos e reduz o risco de erros em situações cotidianas. Portanto, para quem não suporta imprevistos e erros desnecessários, organizar as notas também se torna uma forma de autoproteção.